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PESQUISA INÉDITA DA ADUENF REVELA DADOS SOBRE O ADOECIMENTO DOCENTE NA UNIVERSIDADE

Uma pesquisa recente da ADUENF revela dados preocupantes sobre a saúde dos docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Dos profissionais que participaram, 54,1% consideram a jornada insuficiente para atender às demandas; 74,4% afirmam que, com muita frequência, trabalham nos finais de semana ou feriados para dar conta das atividades. Como resultado, 67,3% deles passam ou já passaram por algum problema relacionado ao estresse, como pressão alta, ansiedade, insônia, depressão e outros transtornos.

A Pesquisa – intitulada “Trabalho e Adoecimento Docente na UENF” – foi elaborada a partir de um questionário online enviado aos professores e professoras da universidade entre os dias 3 e 9 de março de 2023. Foram colhidas 96 respostas. O resultado foi apresentado durante o VIII Seminário Nacional de Saúde Docente, promovido pelo ANDES-SN entre os dias 17 e 19 de março em São Paulo (SP). No dia 28 de março, os dados foram apresentados num diálogo com a categoria na própria UENF.

– Nossa pesquisa demostrou que a maioria dos docentes precisa trabalhar além do horário de expediente, uma vez que a jornada de trabalho geralmente não é suficiente para que as demandas sejam atendidas. Também pudemos observar que grande parte dos professores que responderam ao questionário pôde identificar alterações clínicas preocupantes, que podem ser relacionadas, mesmo que em parte, ao estresse da rotina – detalha a professora Adriana Jardim, 2ª secretária da ADUENF.

Outro ponto importante apontado pela pesquisa é que, mesmo havendo identificado algum problema de saúde, a maioria dos professores não procura atendimento especializado – o que pode agravar o quadro e dificultar o tratamento. “O envelhecimento do quadro docente também é uma observação que nos preocupa, já que, com a falta de reposição das vagas ociosas, há ainda maior sobrecarga para os professores”, comenta a professora.

 

Problema é mais amplo

O Seminário Nacional de Saúde Docente indicou que relatos semelhantes de adoecimento são comuns em outras universidades do país. Por este motivo, o ANDES-SN está preparando uma pesquisa mais ampla, de abrangência nacional.

– Precisamos ampliar os debates e alertar a comunidade acadêmica sobre os riscos do trabalho em excesso, lutar por condições de infraestrutura e de boa administração na universidade e estimular que os docentes busquem ajuda especializada para seus problemas de saúde. Acreditamos que, após o questionário nacional, algumas diretrizes sejam divulgadas para que possamos tentar minimizar os danos já existentes e prevenir novos casos de adoecimento – observa Adriana Jardim.

 

Setembro Amarelo

Em setembro de 2023, a ADUENF já alertava para o adoecimento docente, tema que ganhou relevância sobretudo após a pandemia. Na campanha “Setembro Amarelo”, de prevenção contra o suicídio, a associação realizou uma campanha nas redes sociais incentivando os docentes a falar e buscar apoio sempre que necessário.

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