Neste momento em que professores e técnicos das Universidades e dos Institutos Federais lutam pela valorização das carreiras no setor da educação e da ciência, há um movimento que tenta desqualificar a importância e desvalorizar a carreira de profissionais dos setores da educação e ciência brasileira.
Certos setores de nossa sociedade tentam constranger os professores, desvalorizando a luta pela valoração da carreira, contrastando seus salários com os valores do salário-mínimo e do salário médio dos trabalhadores brasileiros.
A correção da desigualdade social brasileira não deve ser feita através da corrosão dos salários dos profissionais dos setores da educação. Acreditar nisso é cair na falácia de um setor que concentra renda e se nega a dividir a riqueza do Brasil com os brasileiros. Que fique claro, os inimigos de uma distribuição de renda justa aos brasileiros não são, nem nunca foram, os professores e demais servidores públicos dos setores da educação e ciência brasileiros.
Um profissional qualificado para a função de professor universitário não se forma de um dia para o outro. Após a graduação na faculdade, são necessários cerca de seis anos de profunda dedicação e formação acadêmica. É esse profissional extremamente qualificado que desempenha e executa tarefas vitais para a sociedade, que são a formação de profissionais qualificados para todos os setores laborais da sociedade e o desenvolvimento de ciência e tecnologia, essenciais para o desenvolvimento e bem-estar da nação.
O tempo de governos que desprezavam a democracia, a vida, a educação e a ciência ficou para trás, com a contribuição e o combate realizado pelos professores durante esse período de trevas.
No governo Lula, a expectativa é de respeito à democracia e de fomento da educação, da ciência e da tecnologia. A expectativa é de reconhecimento que a soberania brasileira e o desenvolvimento da nação só serão plenos através de fortes investimentos nesses setores.
A sociedade brasileira e o Governo devem entender que a educação e a ciência também se fazem com prédios e equipamentos. O exemplo vitorioso que Darcy Ribeiro e Leonel Brizola deram ao Brasil com a criação da UENF é que universidade se faz com pessoas e com a valorização da carreira de professores e técnicos.
A ADUENF se irmana aos colegas das instituições federais na luta pela valorização da carreira dos professores e técnicos, servidores da educação e ciência brasileira.
Somente com uma carreira valorizada os estudantes brasileiros e toda a sociedade terão a garantia da perpetuação da qualidade da Universidade Pública Brasileira e de seus essenciais serviços ao Brasil.