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ADUENF E ANDES-SN PROMOVEM MESA REDONDA SOBRE ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NAS UNIVERSIDADES

Assédio moral e sexual são crimes ainda presentes nas universidades, que afetam a vida de docentes, estudantes e servidores. Não podemos mais nos calar. É preciso falar, compartilhar experiências e criar mecanismos para identificar, enfrentar e combater este problema.

No dia 31 de outubro, o ANDES-SN e a ADUENF promoveram uma mesa redonda sobre o tema, na sede social da ADUENF. Foram convidadas as professoras Caroline Lima, 1ª secretária do ANDES-SN; Bárbara Breder, coordenadora do Laboratório de Psicanálise, Política, Cultura e Estudos de Gênero da UFF-Campos; Caryne Braga, 1ª tesoureira da ADUENF; e Raquel Garcia, tesoureira da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN.

 

“Doenças que nos isolam”

Na opinião de Caroline Lima, os assédios moral e sexual têm profunda ligação com o trabalho, à medida em que deixam marcas profundas nas vítimas. “São doenças que nos isolam, nos adoecem e afetam nossa produtividade. Debater assédio é um tema que está diretamente ligado à pauta sindical”.

A professora Bárbara Breder observou que o assédio também provoca evasão nas instituições de ensino, afetando em especial as mulheres. “Em todo momento há uma correlação de forças que nos querem fora da universidade”, disse a professora da UFF. Ela destacou a necessidade de as instituições estabelecerem estratégias de enfrentamento e construírem uma rotina de mapeamento e acolhimento às vítimas.

A 1ª secretária do ANDES-SN destacou, ainda, a importância de as vítimas denunciarem os casos de assédio às reitorias das universidades, exigindo protocolos e cobrando prazo para as apurações. Também aconselhou reunir as provas possíveis, como prints de WhatsApp e gravações de áudio e vídeo, assim como reunir testemunhas.

A professora Raquel Garcia apresentou a segunda edição de uma cartilha sobre assédio elaborada pelo ANDES-SN, através do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, Questões Étnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEDS), que está disponível em versão digital no site do sindicato nacional. Em sua avaliação, o tema é amplo porque envolve uma cultura ainda presente nas instituições de ensino superior, onde os próprios conselhos universitários são predominantemente masculinos.

 

Códigos de conduta nas universidades

Representando a ADUENF, a professora Caryne Braga os avanços na legislação brasileira nos últimos anos, caracterizando assédio como crime. Segundo ela, o primeiro passo é identificar o tipo de assédio para que a prática seja coibida no meio universitário. “A ADUENF assumiu o papel de lutar contra todas as formas de assédio na universidade e de cobrar institucionalmente que a UENF adote providências”.

Uma das soluções discutidas durante a mesa redonda foi a necessidade de as universidades criarem e divulgarem códigos de conduta, onde fique clara sua política de combate ao assédio, ao machismo, ao racismo e a toda forma de opressão e desigualdade.

A ADUENF considera este tema importante e voltará e debatê-lo com a comunidade acadêmica em outras ocasiões.

 

 

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