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EX-PRESIDENTES DA ADUENF DESTACAM OS PRINCIPAIS DESAFIOS QUE ENFRENTARAM

Eles enfrentaram greves, cortes de salários, precarização do serviço público, condições sanitárias inadequadas durante a pandemia… Mas nunca abaixaram a cabeça. Neste 18 de agosto, data em que a ADUENF completa 23 anos, conversamos com alguns ex-presidentes da instituição.

 

Luciane Soares da Silva (Presidente de 2017 a 2019)

Em 2017, A UENF manteve uma greve de seis meses sem interrupção. Precisamos fazer uso de um caixa sindical, construído no ANDES-SN após uma reunião em Brasília. Esse caixa possibilitou que pudéssemos nos manter em greve durante esse período. Voltamos às aulas conquistando uma percepção, uma consciência muito maior do trabalho da classe trabalhadora nas universidades, já que elas seguem sendo atacadas e precarizadas no Brasil.

 

Marcos Pedlowski (Presidente de 2003 a 2005 e 2009 a 2011)

A principal luta é impedir o sufocamento das ideias de Darcy, que apontavam para a necessidade da universidade ser um instrumento concreto de transformação social a partir do estabelecimento de ideias inovadoras que incluíssem no seu interior a luta pela justiça social. Nesse sentido, nossos piores obstáculos são o excesso de burocratismo e o apego a formalismos que não têm nada a ver com o projeto de transformação ensejado por Darcy.

 

Maria Angélica da Costa Pereira (Presidente de 2016 a 2017)

Minha gestão foi uma época de grandes ataques ao serviço público, à instituição, de precariedade de nossos serviços. Foram muitas lutas em pouco tempo, sem recursos, mas com muita garra e disposição de combater as ameaças, que até hoje estão aí a assombrar a nossa realidade, que é manter o ensino superior público e de qualidade em época de ataques às instituições e à ciência.

 

Ricardo André Avelar da Nóbrega (Presidente de 2019 a 2021)

Nessa conjuntura de atrasos salariais e de corte de repasses que deterioraram nossas condições de trabalho e ameaçaram o próprio funcionamento das instalações da universidade, a relação da ADUENF com o ANDES-SN foi de fundamental importância. Pudemos nos beneficiar de cotas do Fundo de Solidariedade de nosso sindicato nacional, que concedeu aos docentes empréstimos sem juros e por tempo indeterminado, amenizando a delicada situação financeira de grande parte da categoria.

 

Sérgio Luiz Cardoso (Presidente de 1999 a 2001)

Diversas lutas foram travadas nesse período. Com certeza, a de maior destaque refere-se à luta pela autonomia da UENF, até então também carente de organização jurídica e administrativa e controlada pela FENORTE. A fundação criada para gerir os assuntos financeiros e administrativos da UENF, apesar de não ter ingerência na esfera acadêmica, mantinha o controle sobre as questões orçamentárias, financeiras e de pessoal da UENF.

 

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