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ADUENF DENUNCIA FALTA DE CONDIÇÕES PARA ATIVIDADES PRESENCIAIS NA UENF

Salas de aula sem janelas ou com ventilação inadequada. Ambientes sem condições de garantir o afastamento mínimo entre os alunos. Falta de um protocolo sanitário com regras claras sobre a cobrança do passaporte vacinal e medidas a serem adotadas em casos de Covid-19 entre alunos e professores. Na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), sobram problemas para o retorno em segurança das atividades presenciais, previsto para acontecer no dia 7 de março.

Na avaliação da Associação dos Docentes da UENF (ADUENF), realmente é hora de falar em retorno presencial, mas desde que garantidos os protocolos de segurança sanitários. A explosão no número de casos da variante ômicron e o aumento no número de internações e mortes em Campos e Macaé indicam que a pandemia ainda não está sob controle – fato agravado pelas condições precárias da universidade.

Através da Portaria UENF No 110/2022, de 31 de janeiro, o reitor Raul Palacio atualizou as medidas de enfrentamento à Covid-19. Entre outras, a portaria estabelece que, nos ambientes acadêmicos, deverá ser respeitada uma distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas. Sempre que possível, os ambientes internos deverão ter ventilação natural.

Mas basta um giro rápido pelo Campus Leonel Brizola para constatar que, em muitos casos, será muito difícil cumprir as medidas. Os auditórios utilizados nas aulas de bacharelado no CBB, apesar de amplos, têm uma ventilação muito pequena. “No início do semestre, geralmente temos turmas muito grandes. Nós teremos cerca de 100 alunos por sala de aula”, adverte o professor Carlos Eduardo Veiga de Carvalho, Coordenador do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas e 1º tesoureiro da ADUENF.

Os problemas também existem no CCH. A sala 210, lotada de carteiras, não garante o espaço mínimo necessário. No mesmo prédio, parte das salas de aula e salas dos professores não têm janelas. No Hospital Veterinário as condições não são melhores. Os ambulatórios utilizados para as aulas práticas dos alunos são pequenos e não têm janelas, nem sistema de exaustão.

– É importante esclarecer que os professores querem retornar. Aliás, o melhor lugar para nós é a sala de aula. Mas, neste momento, precisamos olhar para a realidade das salas e para as medidas sanitárias necessárias – esclarece a 1ª vice-presidente da ADUENF, Luciane Silva.

PROTOCOLOS – Para a ADUENF, também é fundamental adotar um protocolo de testagem e rastreamento, que inclua as seguintes ações:

1 – Fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras e álcool gel, a todos os servidores e servidoras, inclusive terceirizados (as);

2 – Testagem das pessoas em trabalho presencial, com rastreamento de contatos e isolamento de suporte;

3 – Fiscalização de todos os espaços da universidade para garantia da manutenção dos protocolos de segurança;

4 – Treinamento sobre protocolos de segurança sanitária para todos os trabalhadores e trabalhadoras que realizarão trabalho presencial;

5 – Adoção de uma política institucional que normatize as decisões em casos positivos de infecção por Covid-19 (afastamentos, quarentenas, rastreamentos, etc).

É fundamental que a UENF continue produzindo e multiplicando saberes. Mas convém lembrar que, antes de tudo, ela é feita de pessoas. E vidas vêm sempre em primeiro lugar.

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