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CARLOS EDUARDO REZENDE: A VISÃO DE UM PIONEIRO NA UENF

Professor titular do Laboratório de Ciências Ambientais, Carlos Eduardo de Rezende é um dos nomes mais respeitados do Brasil na área de estudos na área ambiental. No início da década de 1990, recém-chegado dos EUA, ele fez parte da equipe de especialistas que idealizou a UENF.

Carlão, como é mais conhecido, participou de muitas reuniões com o antropólogo e senador Darcy Ribeiro, acompanhando cada etapa da implantação da universidade. Mudou-se para Campos em janeiro de 1993 – sete meses antes que a instituição foi inaugurada oficialmente.

Seus estudos estão fortemente ligados aos ecossistemas do Norte Fluminense, mas recentemente tem desenvolvido pesquisas na região Amazônica onde inclusive foi um dos autores a registrar a ocorrência da Grande Barreira de Recifes na área marinha adjacente ao Rio Amazonas. O Rio Paraíba do Sul se tornou um campo de trabalho, na análise sobre a poluição das águas e construção de represas ao longo do seu curso – que ele considera catastrófica são temas emergentes nos seus estudos. Propõe um olhar mais sustentável sobre o principal rio do estado.

Sua voz se tornou obrigatória quando se fala sobre o presente e o futuro da UENF. Segundo o professor Carlão, é preciso refletir sobre a universidade que Darcy idealizou e corrigir rumos.

Uma das coisas que certamente o deixa incomodado é a falta de integração entre os centros, que hoje atuam de forma muito autônoma. O fim do Ciclo Básico Comum (CBC) foi o marco mais forte desse fracionamento que a universidade seguiu. No CBC, os centros e os alunos se encontravam, havia uma aproximação das áreas – comenta o autor de mais de 200 artigos em revistas científicas.

O professor também defende a autonomia financeira da universidade. “A UENF tem um orçamento que deveria ser rigorosamente repassado em forma de duodécimo, como foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado. Mas há um claro descumprimento”, opina. Segundo ele, a universidade precisa ter o direito de decidir quando e onde investir, e não podemos deixar claro que duodécimo é totalmente diferente de autonomia financeira.

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